Advogado suspeito de quatro crimes é preso em Santarém, PA.

Falsificação, estelionato e falsidade ideológica estão entre acusações.
Advogado foi preso na manhã desta sexta (7) no próprio escritório.
Rodrigo Jennings (Foto: Reprodução/TV Tapajós)
Rodrigo Jennings foi preso no próprio escritório

Um advogado suspeito de falsificar documentos públicos, usar documento falso, ter envolvimento com falsidade ideológica e estelionato foi preso na manhã desta sexta-feira (7), dentro do próprio escritório, em Santarém, oeste do Pará. De acordo com a Polícia Civil, ele estava sendo investigado há dois meses e teve mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça na tarde de quinta-feira (6).

Segundo o delegado Elinelson Silva, que preside o inquérito policial, Rodrigo Jennings de Oliveira falsificou documentos para conseguir a guarda da filha. Um policial militar e avô da menina desconfiou da situação e procurou a polícia. “Ele falsificou invertendo a verdade do parecer e utilizou desse parecer em um recurso na tentativa de reverter a guarda de uma criança e a desembargadora à época acatou o parecer que ele juntou falso, acreditando que era verdadeiro. Tão logo ela tomou conhecimento que o parecer atuando em causa própria era falso, ela reconsiderou a decisão inicial e solicitou a instauração do inquérito policial”.

De acordo com o delegado, o crime de estelionato ocorreu em Alenquer no oeste paraense. “Ele falsificou uma declaração de nascido vivo, foi até o cartório de Alenquer e conseguiu uma certidão de nascimento. Logo depois, falsificou uma ocorrência policial alegando que houve um acidente de trânsito no qual essas pessoas teriam falecido. Com base nisso, ele tirou uma declaração de óbito e uma certidão de óbito. Com base nesses documentos falsificados, ele ingressou com um processo para recebimento do seguro DPVAT [Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres] e recebeu”, afirmou Silva.

O delegado esclareceu que a polícia fez a intimação do advogado para prestar depoimento três vezes, mas ele se negou a comparecer à delegacia.

O advogado falou com a equipe de reportagem da TV Tapajós e disse que só irá se pronunciar quando tomar ciência acerca das acusações. O procedimento na delegacia é acompanhado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção Santarém.

O superintendente de Polícia Civil do Baixo Amazonas, Gilberto Aguiar, informou que o advogado deve ser levado para Belém, pois não há prisão especial para graduados na cidade. “Ele tem algumas prelativas legais que serão respeitadas pelo próprio presidente do inquérito policial. A princípio, estamos tentando viabilizar passagens áreas para que ele possa ser recambiado ainda hoje para a capital do estado onde existe um local adequado. Caso não consigamos, vamos viabilizar um local provisório aqui mesmo em Santarém até futuro recambiamento para a capital”, destacou.