Além de três carros de luxo computadores e centenas de documentos, a Polícia Federal apreendeu R$ 3,67 milhões em espécie na 16ª fase da operação Lava Jato nesta terça-feira (14).
Segundo informado ao blog, o dinheiro foi descoberto pela manhã, em São Paulo, numa empresa alvo de um dos 56 mandados de busca e apreensão. Devido à grande quantidade de notas, o valor demorou para ser contabilizado.
A PF não confirmou o nome da empresa que é alvo da operação. As buscas aconteceram em seis Estados e no Distrito Federal.
Batizada de Politéia, a 16ª fase é uma referência ao livro “A República” de Platão, que trata de uma cidade perfeita, cheia de virtudes, onde a ética prevalece sobre a corrupção.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aproveitou nesta terça-feira (14), para enviar um recado aos políticos acusados de envolvimento na operação. “Adsumus”, disse o chefe do Ministério Público em um comunicado distribuído pela assessoria da Procuradoria Geral da República. A palavra significa “aqui estamos”, em latim.
Segundo o Blog apurou, o termo é um recado do Ministério Público Federal aos políticos que têm desafiado e criticado a atuação do próprio Janot e de outros procuradores no curso da Lava Jato.
“As medidas são necessárias ao esclarecimento dos fatos investigados no âmbito do STF [Supremo Tribunal Federal], sendo que algumas se destinaram a garantir a apreensão de bens adquiridos com possível prática criminosa e outras a resguardar provas relevantes que poderiam ser destruídas caso não fossem apreendidas”, explicou Janot, em nota.
O procurador-geral disse que as medidas tomadas no processo têm acontecido de forma responsável. Um dos alvos da Lava Jato nesta terça, o senador e ex-presidente da República Frernando Collor criticou recentemente a postura do procurador-geral no caso.
Outros políticos, como o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também já reprovaram a conduta do PGR. Janot já respondeu aos ataques.
