Adolescente que matou para ‘sentir morte’ é condenado à prisão perpétua

Talen Barton matou melhor amigo e o pai dele e esfaqueou mais dois.
‘Isso é ótimo’, disse jovem de 19 anos ao receber sentença na Califórnia.
 Talen Barton em foto cedida pela polícia do condado de Mendocino (Foto: Reprodução/Facebook/ Mendocino Sheriff)
Talen Barton em foto cedida pela polícia do
condado de Mendocino (Foto: Reprodução/
Facebook/ Mendocino Sheriff)

Um adolescente da Califórnia que esfaqueou até a morte duas pessoas durante um ataque na casa onde vivia foi sentenciado a uma pena de 71 anos à prisão perpétua na terça (6).

A juíza que o sentenciou diz que pretende que Talen Barton, de 19 anos, passe o resto de sua vida na prisão, de acordo com o site do jornal local Santa Rosa Press-Democrat. A juíza Ann Moorman, do condado de Mendocino, disse que oficiais do departamento estadual de detenção irão notificá-la caso ele se torne elegível a condicional, para que ela possa defender sua permanência na prisão.

“Lutarei para que você nunca veja a luz do dia”, disse Moorman a Barton.

“Isso é ótimo”, respondeu Barton, levantando o polegar em sinal de aprovação, mesmo estando algemado.

Barton admitiu ser culpado por esfaquear até a morte um amigo de 17 anos e o pai deste em julho deste ano, em sua casa em Laytonville, na Califórnia. Barton também feriu gravemente duas outras pessoas. Ele disse a psicólogos que matou porque queria “sentir a morte” e saber como era morrer.

Barton viveu na casa da família por dois anos, depois que seu amigo convenceu os pais a acolherem o problemático adolescente.

Barton admitiu a culpa para evitar ser condenado à morte, segundo o jornal.

Na noite do ataque, Barton pegou uma faca de 40 centímetros na cozinha e foi até o quarto onde Teo Palmieri, de 17 anos, estava dormindo. Ele tapou a boca do menino com a mão e cortou sua garganta. Barton matou o pai de Palmieri quando este correu até o quarto para ver o que estava acontecendo.

Barton também esfaqueou a mãe e um tio de Palmieri, que mora no Canadá e estava visitando a família.

Investigadores disseram que Barton não demonstrou qualquer emoção quando foi detido, após ligar para a polícia depois dos crimes.

“Ele é um monstro absoluto”, disse o detetive Clint Wyant no relatório da investigação.