Anomalias térmicas são encontradas na pirâmide de Quéops, no Egito.

Existência de câmara secreta pode ser causa de diferenças de temperatura.
Análises tiveram início em outubro e devem prosseguir até o
A pirâmide de Quéops, a maior das Grandes Pirâmides de Gizé, na segunda (9) (Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany)A pirâmide de Quéops, a maior das Grandes Pirâmides de Gizé, na segunda (9) (Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany)

Várias anomalias térmicas foram observadas em quatro grandes pirâmides perto do Cairo, entre elas a grande Pirâmide de Quéops, anunciou nesta segunda-feira (9) o ministro de Antiguidades em conferência de imprensa.

Estes primeiros resultados de análises térmicas realizadas desde o lançamento da missão “Scan Pyramids”, em 25 de outubro, por cientistas egípcios, franceses, japoneses e canadenses abrir a porta a uma multiplicidade de interpretações.

Os cientistas “observaram uma quantidade de anomalias térmicas em todos os monumentos (…), mas um deles é particularmente impressionante. Ele está localizado no lado leste da pirâmide de Quéops, ao nível do solo”, segundo um comunicado de imprensa.

Alguns blocos de pedras apresentam até 6 graus de diferença com os blocos vizinhos. Isso se traduz sobre as imagens da câmera térmica pelo surgimento das cores quentes, enquanto o resto do monumento é digitalizado cores frias de azul para magenta.

O ministro de Antiguidades do Egito, Mahmoud Eldamaty, fala durante coletiva de imprensa nas Grandes Pirâmides de Gizé, na segunda (9) (Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany)O ministro de Antiguidades do Egito, Mahmoud Eldamaty, fala durante coletiva de imprensa nas Grandes Pirâmides de Gizé, na segunda (9) (Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany)

As razões para a anomalia térmica permanecem desconhecidas, mas isto pode indicar a existência de uma câmara secreta.

Com a tecnologia de infravermelhos e sensores sofisticados, a equipe pesquisou as pirâmides de Quéops e Quéfren – que, ao lado de Miquerinos, formam as famosas pirâmides do Gizé – assim como duas das pirâmides de Dahshur, ao sul do Cairo.

Este projeto, que deve durar até o final de 2016, é uma nova tentativa de esclarecer o sigilo em torno da construção das pirâmides.

“Quéops vai entregar hoje um de seus segredos” , disse o entusiasmado ministro de Antiguidades, Mahmoud Eldamaty, no início da conferência de imprensa.

“Eu tenho ideias, mas eu não posso dizer nada enquanto eu não tenho certeza”, acrescentou o ministro, tentando prolongar o suspense.