Arquiteta transforma cômodo de casa em ateliê para produzir adereços; conheça o outro lado do Carnaval

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Confecção começou como um hobby e agora atrai clientes fiéis e listas de encomendas. Fernanda, que exerce funções no serviço público, tem um trabalho redobrado no período carnavalesco. Arquiteta transformou cômodo de casa em ateliê para produzir adereços de Carnaval
Junior Parraga/Rede Amazônica
Após personalizar os próprios adereços para frequentar os blocos de Carnaval em Porto Velho, a arquiteta Fernanda Piccoli percebeu o sucesso de suas criações e decidiu empreender. Há cinco anos, transformou um cômodo de sua casa no ateliê ‘Artes da Ferô’.
Com a ajuda da mãe, ela cria e reinventa acessórios com muito brilho, flores, paetês, plumas, penas e miçangas. O que começou como um hobby, agora atrai clientes fiéis e listas de encomendas.
Brincos feitos e vendidos por Fernanda em seu ateliê
Emily Costa/g1 RO
🎊🎀🎉 Essa reportagem faz parte da série ‘O outro lado do carnaval’ do g1 RO, que conta a história de pessoas que trabalham no período carnavalesco. Enquanto alguns se entregam à folia, outros estão ocupados garantindo o seu sustento ou uma grana extra.
Coroas especiais 👸
Ferô, como é conhecida, conta que tudo começou em 2017, quando procurou acessórios diferentes para usar no carnaval, mas não encontrou na cidade.
Ela decidiu confeccionar suas próprias peças: uma tiara de coroa feita com conchas e outra com flores, inspirada nos famosos adereços da cantora Carmen Miranda.
“Como eu sou arquiteta isso me ajudou e ajuda muito. Eu consigo pensar em umas ideias diferentes e colocar em prática”, explica.
Primeiras criações de Fernanda para o carnaval em 2017
Ferô/Arquivo
Suas amigas se interessaram e encomendaram acessórios também. Com o sucesso, a arquiteta criou uma página nas redes sociais chamada ‘Artes da Ferô’ e transformou um cômodo pouco utilizado em sua casa no seu ateliê.
Fernanda começou as confecções para o carnaval em 2017
Júnior Párraga/Rede Amazônica
Brilho, paetê e penas 🎊
No ano seguinte, Ferô já estava recebendo diversas encomendas, o que a motivou a confeccionar acessórios a pronta-entrega.
Atualmente, ela inicia a criação das peças para o carnaval do próximo ano entre setembro e outubro do ano anterior.
Tiaras e acessórios a pronta-entrega no ateliê de Fernanda
Emily Costa/g1 RO
Ela conta que a parte mais desafiadora é alinhar o trabalho no serviço público com as demandas do ateliê, isso porque, após o término de seu expediente, dedica o restante do dia à confecção de acessórios e ao atendimento de clientes.
“A gente começa a produzir com bastante antecedência, pois além das peças em si, precisamos pesquisar as tendências e os acessórios mais procurados. Sempre deixamos um bom estoque disponível para aqueles que preferem vim aqui e escolher”, explica.
Acessórios feitos por Fernanda e sua mãe disponíveis para venda no ateliê
Júnior Párraga/Rede Amazônica
Trabalho em família 👩‍👧
Fernanda e sua mãe trabalham juntas no ateliê. A mãe fica responsável pela costura e a arquiteta pelas demais confecções, como brincos, colares, cintos, passadeiras e saias de fitas. As principais encomendas incluem tiaras e plaquinhas com frases.
Há alguns acessórios também que exigem mais tempo de preparo. Este ano, Fernanda teve que aprender a criar alguns itens do zero, através de tutoriais on-line, como o porta-isqueiro feito de miçangas.
Porta-isqueiro de miçangas feito de forma manual
Júnior Párraga/Rede Amazônica
Renda extra 💸
Ferô conta que, como o ateliê só funciona durante o período do carnaval, ela consegue garantir uma renda extra nessa época. A arquiteta ainda revela que as vendas começam a dá mais retorno perto dos dias de blocos, já que “os brasileiros sempre deixam para a última hora”.
“A demanda maior é quando os eventos vão se aproximando, principalmente no dia dos bloquinhos de rua”, conta.
Atendimento no ateliê de Fernanda
Júnior Párraga/ Rede Amazônica
As compras de materiais, como flores, paetês e fitas, são feitas fora do estado devido a disponibilidade e a qualidade dos produtos, mas, na falta de estoque de algum material específico, ela recorre às lojas da cidade.
Embora atenda pela internet, a maioria dos clientes preferem ir até o ateliê. Além disso, como ela atende no horário dos blocos de rua, assim que fecha a loja, também aproveita para curtir a folia.
Compras de materiais são feitos fora do estado devido à disponibilidade e à qualidade dos produtos
Emily Costa/g1 RO
Colaboração de Júnior Párraga (Rede Amazônica) e Márcia Chaves (Amazon Sat).