Bento XVI celebra sua última missa pública como líder da Igreja Católica.

  • Em sua última missa aberta, Papa denuncia Igreja ‘desfigurada por divisões eclesiásticas’
  • ‘As divisões eclesiásticas deturpam a Igreja. É preciso superar as rivalidades’, disse no primeiro encontro com fiéis após renúncia.

 

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O Papa Bento XVI abençoa os fiéis durante a missa de Quarta-feira de Cinzas<br /><br /><br /><br />
Foto: ALESSANDRO BIANCHI / Reuters
O Papa Bento XVI abençoa os fiéis durante a missa de Quarta-feira de Cinzas ALESSANDRO BIANCHI / Reuters

ROMA — Padres, freiras, beatos e fiéis do mundo inteiro correram nesta quarta-feira para a porta do Vaticano e passaram horas no frio, numa fila que formava um enorme caracol, para ouvir o último e talvez mais político sermão do Papa Bento XVI. Dois dias após o anúncio bombástico de que vai renunciar no dia 28 – um gesto que não acontecia há 600 anos – e em meio a boatos sobre intrigas, divisões e escândalos dentro do Vaticano, o Pontífice surpreendeu mais uma vez ao falar abertamente da existência de “divisões do corpo eclesiástico” que, segundo ele, “desfiguram a face da Igreja” e põem em perigo “sua unidade”.