Cartes toma posse e diz combaterá pobreza no Paraguai.

Cartes disse ainda que “invocava” a Deus para ter “sabedoria, força e espírito de justiça” na condução do novo governo / Jorge Romero / AFP

Cartes disse ainda que “invocava” a Deus para ter “sabedoria, força e espírito de justiça” na condução do novo governo

O novo presidente do Paraguai, Horacio Cartes, de 57 anos, tomou posse nesta quinta-feira prometendo combater a pobreza. No discurso, o empresário que estreia na vida política agradeceu a presença da presidente do Brasil, Dilma Rousseff e da Argentina, Cristina Kirchner. Mas ao mencionar os nomes de ambas, Cartes foi vaiado por simpatizantes do Partido Colorado, que condenam a suspensão do Paraguai dos blocos regionais.

Amanda Ruiz Díaz, de 22 anos, disse que o Brasil, a Argentina e o Uruguai “violaram a soberania do Paraguai” ao adotar a punição da suspensão do país tanto do Mercosul e da Unasul (União de Nações Sul-Americanas). “Foram motivações ideológicas mais do que políticas”, disse a ativista.

Cartes, que cumpre mandato até 2018, evitou comentar diretamente a suspensão do Paraguai, cujo fim está definido para hoje, em ambos os blocos. O presidente optou, no seu juramento, citar os desafios que quer enfrentar no governo. Segundo ele, a prioridade é combater a pobreza. Também negou interesse em fazer carreira política. “Não estou na política para cuidar de uma carreira nem enriquecer um patrimônio, mas [estou aqui] para melhorar o futuro das novas gerações”, disse Cartes.

Em relação à polêmica que envolve os brasiguaios – brasileiros que vivem e produzem em terras paraguaias e que entram em conflitos com os locais –, o presidente avisou que não “vai deixar o governo à mercê de grupos criminosos e armados”.

Cartes disse ainda que “invocava” a Deus para ter “sabedoria, força e espírito de justiça” na condução do novo governo. “Se em cinco anos, ao concluir o mandato, não tivermos conseguido reduzir substancialmente a pobreza [que atinge 40% da população do Paraguai] serão estéreis todas as obras. Por isso, reitero que nossa obsessão é ganhar cada batalha na guerra que hoje declaramos à pobreza”, disse.