‘Fiquei constrangida’, diz mulher que tirou roupa após ser barrada em banco.

Ela foi barrada em porta-giratória em agência bancária de Sorocaba (SP).
Mesmo sem roupa, a mulher foi impedida de entrar pelo detector de metais.
Mulher tira a roupa após ser barrada em agência bancária em Sorocaba (Foto: Arquivo Pessoal)
Mesmo sem a roupa, mulher foi impedida de entrar
em banco de Sorocaba (Foto: Arquivo pessoal)

A dona de casa barrada na porta-giratória de uma agência bancária no Centro de Sorocaba (SP) na manhã desta quinta-feira (5) afirmou que se sentiu constrangida pela situação.

Em entrevista com a reportagem, a mulher, que preferiu se identificar apenas como Adriana, diz que foi impedida de entrar pelo detector de metais estando apenas com as roupas íntimas. “Fiquei constrangida e nervosa com a situação, porque nunca tinha passado por isso antes”, conta.

De acordo com Adriana, todo mês ela vai até o banco e já era conhecida pelos seguranças, porque tem muitas tatuagens pelo corpo. “Eu cheguei a virar a minha bolsa e tirar tudo o que tinha lá dentro. Fiquei nervosa e comecei a gritar e a tirar a roupa. Foi uma sacanagem porque eles estavam travando a porta. Depois que me acalmei e vi várias pessoas ao meu redor eu fiquei com muita vergonha.”

A dona de casa afirma que a confusão durou cerca de 20 minutos, quando permitiram a entrada dela apenas com o RG e o dinheiro para pagar uma conta. “Chamaram a gerente, que não resolveu nada. Nem se quer falou para abrir a porta”, diz.

Para ela, a abordagem do banco deveria ter sido diferente. “O ideal era chamarem uma guarda para revistar a minha bolsa. O que mais eu tinha que tirar para provar que não estava armada?”, questiona. Adriana confirmou registro de um boletim de ocorrência contra a agência bancária e deve entrar com processo na justiça.

Confusão
Adriana tirou a roupa após ser barrada na porta-giratória de uma agência bancária na rua Álvaro Soares, no Centro de Sorocaba (SP), na manhã desta quinta-feira (4). De acordo com uma cliente do banco que presenciou a situação, a mulher, mesmo seminua, ficou presa na porta.

“Ela gritava dizendo que não tinha qualquer metal no corpo e começou a tirar as roupas, até ficar só com as peças intímas. Mas, mesmo sem as roupas, a porta continuava impedindo a entrada dela”, relata a cliente, que fez um registro da cena e preferiu não ser identificada.

A cliente que testemunhou a confusão conta que saiu da agência quando a discussão começou a tomar uma proporção maior e ouviu comentários de que a polícia tinha sido acionada para comparecer ao local. Segundo a Polícia Militar, não houve registro de ocorrência porque as partes foram orientadas no local e liberadas.

Em nota, a assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal afirmou que a cliente foi atendida normalmente, dentro das dependências da agência, após a sua recomposição e ter depositado a sua bolsa no guarda-volumes.

“A Caixa Econômica Federal esclarece que utiliza portas automáticas giratórias com detectores de metal em suas agências, de acordo com a Lei 7.102/83, que disciplina o sistema de segurança em estabelecimentos financeiros em todo o território nacional. Esses equipamentos são utilizados pelos bancos para impedir o acesso de pessoas armadas às agências, nunca para criar obstáculos ou constrangimento aos usuários. O objetivo é proteger os clientes da Caixa, seus empregados e patrimônio”, conclui a nota.