IBGE reduz estimativa de produção de grãos no país

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Previsão para 2024 é de uma colheita de 303,4 milhões de toneladas

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cortou em 1% (ou 3,1 milhões e toneladas) sua estimativa para a safra de grãos em 2024, para 303,4 milhões de toneladas. Na comparação com a temporada passada, o volume representa uma redução de 3,8%.

A área a ser colhida foi estimada em 77,6 milhões de hectares, 0,3% menor que a de 2023 e 0,2% maior que a estimativa de dezembro.

“Em 2023, houve excesso chuvas no Rio Grande do Sul, atrasando o plantio dessa nova safra; e períodos de seca com temperaturas elevadas nas regiões Norte e Centro-Oeste. Esses efeitos climáticos estão gerando queda nas estimativas nessas regiões e estados. A cultura mais afetada foi a soja que, com estimativa de 150,4 milhões de toneladas, decréscimo de 1,0% em relação ao que foi produzido em 2023, mesmo com um aumento na área plantada, o que mostra um declínio na produtividade bastante relevante”, destaca o gerente da pesquisa, Carlos Barradas.

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Ele explica que os efeitos causados pelo fenômeno climático El Niño, caracterizado pelo excesso de chuvas nos estados da região Sul, e a falta de chuvas regulares, combinada com o registro de elevadas temperaturas na região Centro-Norte do país trouxeram uma limitação no potencial produtivo da soja, justificando a queda de 2,7% na quantidade estimada.

Da mesma forma, o milho, com uma produção estimada de 117,7 milhões de toneladas, teve queda de 10,2% em relação a 2023 e alta de 0,7% em relação a dezembro.

A estimativa para o algodão foi a única a crescer em 9,4%, para o recorde de 8,2 milhões de toneladas. Em relação a 2023, as primeiras estimativas apontam para um aumento de 5,8% na colheita, devido à previsão de uma maior área plantada (8,5%).

Para o café, a estimativa é de uma produção de 3,5 milhões de toneladas, ou 59,1 milhões de sacas de 60 Kg, um acréscimo de 3,7% em relação a 2023. No ano passado, a produção já foi elevada, apesar de ter sido ano de bienalidade negativa.

“Em 2024, a bienalidade é positiva, mas, pelo fato de já ter apresentado uma produção alta em 2023, o crescimento neste ano não deve ser muito expressivo. O café arábica deve somar 2,5 milhões de toneladas, aumento de 3,9% em relação ao ano passado. O café canéfora tem estimativa de produção de 1,1 milhão, alta de 3,4% em relação a 2023”, ressalta Barradas.

Fonte: Globo Rural

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