Manifestantes protestam contra deportação de brasileira no Equador.

Visto da jornalista Manuela Picq foi cancelado após ela ter sido detida.
Na véspera, ela disse  desconhecer o motivo do cancelamento.
Foto  mostra Manuela Picq depois de sua de sua detenção no Equador; imagem foi divulgada pelo Ministério do Interior do Equador (Foto:  Ministerio del Interior/Divulgação)Foto mostra Manuela Picq depois de sua de sua detenção no Equador; imagem foi divulgada pelo Ministério do Interior do Equador (Foto: Ministerio del Interior/Divulgação)

Um grupo de manifestantes marchou neste domingo (16) em Quito em apoio à jornalista franco-brasileira Manuela Picq, que enfrenta um processo de deportação depois de ser detida durante violentos protestos na quinta-feira contra o governo equatoriano, segundo a agência AFP.

As autoridades do Equador cancelaram o visto de Picq, que colabora com veículos da imprensa internacional, como o canal Al Jazzera, depois de ela ter sido detida em uma manifestação com seu marido Carlos Pérez, dirigente de una organização indígena de oposição ao governo.

Na véspera, Manuela disse  que as autoridades Equatorianos não informaram o motivo do Cancelamento do visto. Desde a tarde desta sexta-feira (14), ela está detida em um centro para pessoas estrangeiras que estão em situação imigratória ilegal, chamado Hotel Carrión.

Carregando um cartaz com a mensagem “Te amo, Manuela”, Pérez caminhou com dezenas de manifestantes para a frente de um albergue onde estão os estrangeiros em processo de deportação.

Pérez, que também é advogado de Picq, disse à AFP que apresentará duas ações à justiça equatoriana para que ela possa recuperar a liberdade, recuperar o visto e não ser deportada para o Brasil.

De acordo com um comunicado do ministério do Interior do Equador, a jornalista “se encontra em permanência irregular no país”.

“A certificação de movimentos migratórios indica (…) a entrada no país em 26 de fevereiro de 2012, com um visto 12 VIII (de intercâmbio cultural), e um prazo de 180 dias para sua permanência”, disso o governo, acrescentando que o visto “atualmente encontra-se revogado”.

Na sexta-feira, Picq disse à AFP que o governo cancelou o seu visto e que agora a acusa de estar em situação irregular no país. A audiência sobre a deportação de Picq, de 38 anos, será na próxima segunda-feira.