‘Mayday’: 13 desastres aéreos e 18 incidentes com aviões foram registrados em cinco anos em RO

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Entre 2019 e 2023, Rondônia registrou 31 ocorrências aéreas, entre acidentes, incidentes e incidentes graves, de acordo com Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer). Rondônia registrou mais de 30 incidentes aéreos em 5 anos
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Entre 2019 e 2023, Rondônia registrou mais de 30 ocorrências envolvendo aeronaves. As informações são do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), por meio do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer)
As ocorrências foram categorizadas como ‘acidentes’, ‘incidentes’ e ‘incidentes graves’. Durantes 5 anos foram registrados em Rondônia:
13 acidentes;
16 incidentes;
2 incidentes graves.
A principal diferença entre os termos está na gravidade e nas consequências. Os acidentes geralmente causam graves danos, enquanto os incidentes são eventos não planejados, mas de menor gravidade.
De acordo com os dados do Sipaer, as principais causas dessas ocorrências incluem falhas no motor durante o voo, estouro de pneus, colisões com aves e excursão em pista. Veja os dados completos:
Tipos de ocorrências registradas
Entre os fatores que contribuíram para as ocorrências aéreas estão a atitude do piloto, supervisão gerencial, julgamento de pilotagem, manutenção da aeronave, sistema de apoio e aplicação de comando.
Já em relação a cidades onde ocorreram essas ocorrências, Porto Velho lidera, seguida por Vilhena e Ji-Paraná (veja o ranking completo abaixo):
Porto Velho (12 incidentes, 1 acidente, 1 incidente grave);
Vilhena (5 acidentes e 1 incidente);
Ji-Paraná (1 acidente e 1 incidente grave);
Espigão D´Oeste (2 acidentes);
Alta Floresta (2 acidentes);
Ariquemes (1 incidente);
Candeias do Jamari (1 incidente);
Cacoal (1 acidentes);
A maioria dos incidentes ocorreram em operações privadas, regulares e em táxis aéreos, de acordo com Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
Tipos de aeronaves
Em relação aos modelos de aeronaves, o monomotor Cessna 208 (C208) foi o ‘mais envolvido’ em incidentes. Por outro lado, quando se trata de acidentes, as aeronaves ultraleves (ULAC) lideram.
A principal diferença entre essas aeronaves é que o C208 é um avião de médio porte com capacidade para transportar várias pessoas e carga, enquanto os ultraleves são aeronaves menores e mais leves, normalmente projetadas para acomodar apenas um ou dois ocupantes.
Dois aviões caíram e quatro pessoas morreram em 2023
Os acidentes aéreos mais recentes aconteceram em período de menos de dez dias entre os meses de julho e agosto. Os dois aviões de pequeno porte caíram em Rondônia e provocaram a morte de quatro pessoas.
O primeiro acidente foi no dia 20 de julho, quando um monomotor caiu na zona rural de Alta Floresta D’Oeste. O proprietário do avião, identificado como Samuel Gonçalves de Castro, e um pedreiro, conhecido como Josias, morreram no acidente. A aeronave caiu em uma chácara perto da entrada da cidade.
Acidentes aéreos em Rondônia; dois aviões caíram em dez dias
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Já no dia 29 de julho, um bimotor caiu na zona rural em Vilhena (RO), próximo da divisa com o Mato Grosso, e matou o pecuarista e piloto Garon Maia Filho e seu filho, Francisco Veronezi Maia, de apenas 11 anos.
O vião Beechcraft Baron 58 decolou do aeroporto de Vilhena (RO) por volta de 17h50 e desapareceu do radar minutos depois. O bimotor foi encontrado e foi possível identificar que ele se chocou violentamente contra árvores de uma mata fechada em Vilhena.
Os dois acidentes aeronáuticos estão sendo investigados pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira.
Segundo o Cenipa, a apuração não trabalha com “causa” de acidente, mas com fatores contribuintes para a queda das aeronaves, em um processo que visa prevenir novos acidentes aéreos.