Militar deixou corpo de jovem morta na mala em casa por 2 dias, diz polícia em MS.

O sargento da Marinha, suspeito de matar uma jovem e esconder o corpo em uma mala, em Corumbá, a 444 km de Campo Grande, confessou que cometeu o crime na noite de quarta-feira (14) e escondeu o corpo da vítima até a tarde de sexta-feira (16), quando foi preso em flagrante. A delegada que investiga o caso, Priscilla Anuda Quarti Vieira, informou que fez a reconstituição do crime após a confissão do suspeito.
Em depoimento à Polícia Civil, o sargento disse que se encontrou com a mulher, de 26 anos, por volta das 19 horas, em um bar da cidade. Algumas horas depois, os dois foram para a casa dele. Eles iniciaram uma discussão e ele matou a jovem.

Segundo a delegada, os índícios indicam que a jovem tenha morrido por asfixia, após ser esganada pelo suspeito. “Ele alegou que, durante a discussão, a mulher partiu para cima dele, tentou agredir ele e, na tentativa de se defender, ele acabou matando a mulher”, explicou a delegada.

Ainda segundo o relato do suspeito, ele deixou o corpo da jovem na casa por aproximadamente dois dias. Saiu para trabalhar, como fazia normalmente, e pediu uma mala emprestada para um amigo. Colocou o corpo da jovem dentro da mala e ligou para dois amigos, que também são militares da Marinha, para pedir uma carona até a rodoviária.

Ainda segundo a delegada, durante a reconstituição do crime, o suspeito revelou que quebrou os membros da vítima para que o corpo coubesse dentro da mala. Ele contou também que os dois usaram cocaína no dia do crime.

O suspeito foi preso na tarde de sexta-feira (16), quando tentava se livrar da mala com o corpo da vítima. A polícia interceptou o veículo, onde estavam o suspeito e outros dois militares, em um estrada que dá acesso a Bolívia. Eles desconfiaram do comportamento do militar e pediram para ver o que tinha na mala. Após descobrirem o crime, imobilizaram o sargento e acionaram a polícia.

O corpo da jovem foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML) e passou por exame necroscópico. O laudo que apontará a causa da morte deve ficar pronto em dez dias.

O militar está preso no 6º Distrito Naval. Segundo a Polícia Civil, ele foi indiciado por homicídio doloso (quando há intenção de matar) e ocultação de cadáver