Pai alega trancar criança em quarto para ‘proteger’, diz conselheira na PB.

Menino foi encontrado sem roupa, comida e higiene em Campina Grande.
Conselho Tutelar encaminhou criança para cuidados da tia.
Criança foi encontrada abandonada, trancada em quarto em Campina Grande  (Foto: Reprodução/TV Paraíba)Criança foi encontrada abandonada, trancada em quarto em Campina Grande

O menino de seis anos, encontrado nu trancado em um quarto em Campina Grande, era também privado de alimentação e condições básicas de higiene, segundo informou o Conselho Tutelar nesta quinta-feira (8). O pai alegou ao conselho que tentava “proteger” a criança, trancando-a enquanto saía para trabalhar e não deixar o filho solto na rua. O caso vai ser investigado pela Delegacia da Infância e Juventude.

Após retirar a criança do local, com apoio da polícia, o conselho notificou o pai, que compareceu para prestar esclarecimentos. Segundo ele informou à conselheira Vanda da Silva, a criança vivia com familiares e estava morando com ele há três meses.”Ele alega que foi no sentido de proteger a criança, mas foi de uma forma equivocada. Ele não queria o filho solto na rua, no entanto, privava a criança de cuidados básicos e de alimentação. Observamos questões de higiene precária também. Ele disse que deixava comida para o menino e alimentação com as vizinhas, mas isso não foi confirmado pela vizinha”, disse a conselheira.

A família recebeu orientação para matricular o menino no ano letivo 2015, procurar fonoaudiólogo, devido à dificuldade de fala da criança, e outros cuidados com ele, que está acima do peso adequado para sua idade. Segundo o conselho, ele não vai mais ficar com o pai e voltou aos cuidados da tia, com quem morava antes.

“Orientamos e advertimos sobre os riscos que a criança poderia estar passando e que não poderiam acontecer. O pai trouxe a família ao conselho, a tia e a avó da criança também foram orientadas. Pretendemos ir na delegacia da Infância e Juventude ainda nesta quinta-feira, para concluir o boletim de ocorrência. O caso também será encaminhado para atenção e acompanhamento de outra área do Conselho Tutelar, para saber se estão sendo cumpridas as orientações “, explicou a conselheira.