Rabobank vê maior fôlego para o etanol, com impulso do milho e Combustível do Futuro

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Para o banco, caso o projeto de lei do Combustível do Futuro se torne lei durante o ciclo de cana-de-açúcar 2024/25, mercado de etanol deve se beneficiar

O Rabobank, em seu primeiro relatório dedicado ao agronegócio de 2024, trouxe projeções e perspectivas para o mercado de etanol nos próximos meses. Mesmo com um cenário de menor moagem e de alto direcionamento de matéria-prima para a produção de açúcar, o banco acredita há a possibilidade de um reequilíbrio para o biocombustível em 2024/25.

Afinal, apesar de projetar uma queda na produção do etanol de cana em 2024/25, para 26 bilhões de litros (ante 29,3 bilhões de litros em 2023/24), a produção do renovável a partir do milho deve crescer dos estimados 6,1 bilhões de litros de 2023/24, para algo em torno de 7,5 bilhões a 8 bilhões de litros.

Com isso, o Rabobank acredita que haveria um recuo de 5% na oferta total de etanol, que passaria de 35,4 bilhões em 2023/24 para 33,8 bilhões em 2024/25.

Na avaliação do banco, considerando que a mistura de etanol anidro à gasolina siga em 27%, a previsão é que o desconto médio do etanol hidratado em comparação ao combustível fóssil passe de 65% em 2023/24 para 67% na temporada que começa na próxima segunda-feira, 1º.

Por fim, caso o projeto de lei do Combustível do Futuro, aprovado pela Câmara, torne-se lei em 2024/25, isso implicaria em uma mistura de 30% de etanol na gasolina. A maior demanda por anidro resultaria em um apoio adicional para os preços do etanol.

Moagem e mercado de açúcar
O banco ressalta que, desde os últimos três meses de 2023, irregularidades para chuvas e temperaturas em várias importantes regiões produtoras de cana-de-açúcar levaram a um consenso de que, no ciclo 2024/25, a moagem de cana-de-açúcar deve ficar em 590 milhões e 600 milhões e toneladas.

Este volume representa uma redução significativa em comparação com 2023/24, com expectativa de 650 milhões de toneladas ou mais.

Em relação ao mercado do açúcar – apesar da forte queda nos preços em dezembro, de US$ 0,27 para US$ 0,21 por libra-peso –, os futuros seguem elevados em um contexto histórico, o que significa bons valores em reais, segundo o banco.

Além disso, boa parte das exportações da commodity no ciclo 2024/25 já foram fixadas por preços iguais ou até melhores. Para completar, um possível estresse para o primeiro trimestre foi compensado pelas robustas exportações brasileiras.

Olhando à frente, o Rabobank enxerga um relativo equilíbrio tanto para 2023/24 (outubro a setembro), com um leve excedente de 1,9 milhões de toneladas, quanto nas projeções preliminares para 2024/25, com expectativa de déficit de 1,3 milhões de toneladas.

Enquanto o cenário para os preços do açúcar continua positivo, qualquer alívio para o etanol nos últimos meses foi limitado, mesmo durante a entressafra. Sendo assim, o Rabobank projeta um mix de açúcar no Centro-Sul em 51,5% em 2024/25.

Fonte: Money Times

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