Taxista toma arma, atira em bandidos, mata um e fere outro; dois fugiram.

O táxi, na sede da Divisão de Homicídios
O táxi, na sede da Divisão de Homicídios

Após sofrer um sequestro-relâmpago, um taxista de 50 anos matou um criminoso e deixou outro ferido, na madrugada desta quarta-feira, no Rio de Janeiro.

Primeiro, ele foi rendido por um casal que pediu uma corrida de Vila Isabel até o Lins de Vasconcelos. Ao chegar ao ponto, os dois o assaltaram, levando R$ 250 e um telefone celular. O casal fugiu e quatro bandidos – um deles com uma pistola – que já estavam no local, entraram no carro e seguiram com a vítima. Eles pediram R$ 3 mil para libertar o motorista. Após quarenta minutos de sequestro, o taxista reagiu: ele conseguiu tomar a arma do criminoso e atirou. Dois homens foram baleados – um deles morreu. Os outros fugiram. O taxista conseguiu escapar com algumas marcas de agressão.

– Todos os dias saio de casa imaginando que uma coisa dessas pode acontecer, mas nunca imaginei que minha reação seria essa. Fiquei esperando o momento certo para me defender. Tinha que fazer algo para não morrer – disse o taxista, logo após prestar depoimento na Divisão de Homicídios (DH).

O carro bateu durante a luta do taxista com bandidos
O carro bateu durante a luta do taxista com bandidos

O taxista reagiu no momento que ele viu um carro da Polícia Militar nas proximidades da Favela Rato Molhado, no Engenho Novo. Ele estava no banco de trás, entre dois criminosos, quando puxou o freio de mão. Ele pegou a arma do homem que estava a sua esquerda e atirou no motorista. Depois, fez outro disparo. A equipe da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Jacarezinho ouviu os tiros e, logo depois, viu o táxi batendo num poste na Rua Dois de Maio. Os agentes se aproximaram e o taxista saltou, alegando ter sido vítima de um sequestro relâmpago. Os PMs encontraram os baleados no táxi e chamaram a perícia e a DH.

Há cinco anos na praça, o taxista disse que sempre foi uma pessoa pacífica e ainda não sabe se continuará na profissão.

– Minha ficha ainda não caiu. Vontade de continuar, neste momento, não tenho – disse ele, que trabalha como auxiliar.

O táxi foi levado para a sede da DH, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a perícia foi feita no veículo e no local e as investigações estão em andamento para apurar o fato.

Segundo os delegados Rivaldo Barbosa e Rodrigo Brant, da DH, o taxista responderá por homicídio praticado em legítima defesa. Após prestar depoimento, ele foi liberado.