Arqueólogos estudam esqueletos em construção de linha férrea em Londres.

Cemitério data dos séculos 16 e 17, e recebia pessoas de toda a cidade.
Cientistas poderão investigar a peste bubônica, que matou muitas delas.
 Um esqueleto é visto durante uma escavação arqueológica em Londres, na Inglaterra. A equipe estima ter cerca de 3 mil esqueletos humanos no local, que era utilizado para enterrar pacientes do hospital Bedlam, o primeiro hospital psiquiátrico do mundo (Foto: Matt Dunham/AP)Um esqueleto é visto durante uma escavação arqueológica em Londres, na Inglaterra. A equipe estima haver cerca de 3 mil esqueletos humanos no local, que era utilizado para enterrar pacientes do hospital Bedlam, o primeiro hospital psiquiátrico do mundo (Foto: Matt Dunham/AP)

Arqueólogos anunciaram segunda-feira (9) que começaram a escavar os ossos de cerca de 3 mil pessoas enterradas nos séculos 16 e 17 numa área central onde está sendo construída uma linha de trem em Londres.

Esqueletos de uma mulher e uma criança são encontrados durante uma escavação em Londres, na Inglaterra. Arqueólogos estimam ter 3 mil esqueletos no local, que era utilizado para enterrar pacientes do Bedlam, o primeiro hospital psiquiátrico do mundo (Foto: Suzanne Plunkett/Reuters)
Esqueletos de uma mulher e uma criança.
(Foto: Suzanne Plunkett/Reuters)

Eles serão estudados por cientistas antes de serem enterrados novamente em outro lugar.O cemitério Bedlam pode revelar novas informações sobre como os londrinos vivam muito tempo atrás, e em especial sobre a peste bubônica, que matou muitas das pessoas enterradas ali.

Com abertura prevista para 2018, a linha de 118 quilômetros que atravessará Londres é o maior projeto de construção da Grã-Bretanha, e também sua maior escavação arqueológica. A parte central de 21 quilômetros passa no subsolo, o que significa cavar sob algumas das partes mais antigas e mais densamente povoadas da cidade.

“Arqueologicamente, será a amostra mais importante que temos da população de Londres nos séculos 16 e 17”, disse Carver.

O cemitério foi inaugurado em 1569 como lugar de descanso final de cidadãos prósperos e indigentes, dissidentes religiosos, incluindo o revolucionário do século 17 Robert Lockyer, e pacientes do Hospital Bedlam, primeiro manicômio do mundo. O nome do hospital, uma corruptela de Belém, tornou-se sinônimo de caos.