Modelo de projeções da DATAGRO estima queda de 10,7% na produtividade média dos canaviais, prevista em 78,8 toneladas por hectare, na safra 2024/25, o que coloca o rendimento das lavouras como principal desafio de contraponto aos custos de produção do próximo ciclo. Foi o que destacou o analista de dados da DATAGRO, Paulo Bruno Craveiro, em painel na 8a. Santander DATAGRO Abertura de Safra, Cana, Açúcar e Etanol 2024/25, nesta quarta-feira (6), em Ribeirão Preto (SP). “Mesmo com esta estimativa de queda, a produtividade ficará acima do rendimento médio registrado nas últimas cinco safras.”
Segundo Craveiro, no que diz respeito aos custos, a expectativa é de recuo nos preços dos principais insumos agrícolas [defensivos e fertilizantes] para a temporada 2024/25. Segundo o analista, os valores de arrendamento da terra devem ficar estáveis, enquanto que a mão de obra deve apresentar ligeira alta. “Já o diesel deve ter leve aumento, devido à recomposição dos impostos federais e da elevação da mistura de biodiesel.” De acordo com Craveiro, com a projeção de menor oferta, o preço pago ao fornecedor de cana deve avançar em torno de 6,86%.
Também participantes do painel, o diretor financeiro da Usina Lins, Celso Roxo; e o diretor administrativo da Usina Cocal, Ailton Santos; citaram boa gestão de riscos e hedge de preços, assim como investimentos em tecnologia, em tratos culturais e cuidado especial com a mão de obra como medidas fundamentais para manutenção da competitividade e saúde financeira da operação.
Fonte: Uagro
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